quarta-feira, dezembro 03, 2008

Passagem

Seria um muro imperceptível a olho nu? Tudo que conseguia ver era a rua. De um lado o pessoas rindo e pedindo mais uma garrafa e do outro trabalhadores curtindo a desaventura de seu ofício. Uma pane qualquer e o caminhão de lixo pára em frente ao bar. Seria apenas um incomodo passageiro, mas nessas circunstâncias o cheiro podre permaneceu e atrevessava a rua conquistando reclamações. A noite prometia mais. Vento forte, prelúdio de chuva, avoroço. Alguns procuravam lugar para se proteger, outros preferiram pagar pra ver, entre uma destas mesas estava a minha. A mesa vizinha apresentava duas mulheres, bonitas, sedutoras, um certo ar de segurança. Falavam alto e gesticulavam pra chamar mais atenção, era de intimidar qualquer um. Mais uma rajada de vento, a comanda das mulheres parou no meio da rua. Um rapaz igual a qualquer outro ali a não ser pelo macacão laranjado saí do meio dos que estavam encalhados, retira a comanda do meio da rua e termina a travessia da barreira entregando-a as mulheres. Elas estáticas, receberam a comanda de volta e nem se quer pode ser ouvido um obrigado. Viraram meninas assustadas. O rapaz volta para o seu lado do muro quando uma delas respira aliviada e diz que pensou que seria assaltada. Soco no meu estômago. Não só mataram a boa educação, a política do medo deu certo, depois que esse indivíduo se indignar só não queiram culpá-lo, o lixo do caminhão não foi ele que fez sozinho. O cheiro não é só dele, é nosso.

quarta-feira, novembro 26, 2008

BEM esporádicas...

O homem com as palavras desaprendeu outras formas de comunicação. Gutemberg e seu papel impresso contribuiu para que a expressão corporal fosse passada a segundo plano. O resgate só veio com o cinema, diga-se de passagem a mais completa expressão artística. A mais viável se você citar o teatro. Uma peça até é fácil de se fazer, mas cara para transportar enquanto o cinema tem suas produções milionárias, a facilidade de distribuição cobre os gastos. Sem falar da riqueza das cenas. A câmera pode focar na pupila dilatando e a lágrima escorrendo, enquanto no teatro a mesma cena tem que ocorrer de forma mais teatral. Mas o cinema é apenas uma expressão e os gestos uma forma de linguagem. Poesia e música são a mesma coisa? Não são! A poesia quando retirada do papel se transforma em outra coisa. 
Outra coisa que perdemos: o faro. Nós nos urbanizamos, mas não nos acostumamos com certos cheiros de nossas cidades. Nem com o nosso próprio. A vida em comunidade criou a necessidade de deixar tudo mais privado. Então para protegermos nossos cheiros importamos o banho dos índios e adicionamos o perfume. No final perdemos a sensibilidade que este sentido proporciona na relação interpessoal.

Nada demais. Só associações livres... 

sexta-feira, novembro 07, 2008

BOOMBOSSABAP


Estou de podcast novo!

segunda-feira, outubro 27, 2008

Renaissance


Queens
New York
A Tribe Called Quest
Q-Tip
Cotonete, "rap du bom", disco novo...

Feel the heartbeat...

Abraço!

sábado, outubro 18, 2008

Dizem por aí...


É boato que está rolando por aí, que o Indie desse ano contará com Talib Kweli nos dias 13 e 14de dezembro lá no Sesc Sto André.



Estou na torcida...

quinta-feira, outubro 16, 2008

Rolem os dados...


Confesso que nunca assisti à uma apresentação oficial do Corpomancia, mas já vi ensaios e conheço o trampo de suas integrantes há um bom tempo. A idéia do jogo de dança é interessantíssimo. Não há probabilidade de uma apresentação ser igual a outra (Tá! Teatro tem dessas coisas, mas o desfecho de uma peça é o mesmo), o jogo é composto de dados, tabuleiro, tutus (sabe aquelas saias de ballet? São elas que delimitam as equipes), cartas que servem de base para o desafio a ser estabelecido e o corpo.

Cola lá!

domingo, outubro 12, 2008

Escutaí


Segundo disco do mc da Carolina do Norte com o produtor Holandês. Intercâmbio de beats e rimas que começou nos fóruns da okayplayer. Para escutar Phonte e Nicolay rockin' once again, é só pôr o dedo aqui.

Abs!

sexta-feira, outubro 03, 2008

Take some medicine


De longe um dos melhores filmes nacionais que já assisti. Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), foi baseado nos relatos de viagem do avô do diretor Marcelo Gomes, que por sinal se mostra um cineasta bem formado. Perceba que a dinâmica do filme muda diversas vezes ditando o ritmo do desenvolvimento e tudo isso feito apenas com o jogo de câmeras. A chegada de um acompanhante na viagem de Johann faz com que seja adicionado uma câmera a mais, quando antes era apenas uma acompanhando o alemão em um quê de documentário. A transformação de Ranulpho e Johann é constante e sútil, troca de olhares. O diretor disse em uma entrevista que não gostou dos testes de João Miguel (Ranulpho), mas que precisava do olhar dele em seu filme. Diferente das grandes produções o personagem não muda de uma hora pra outra, quem dormir no ponto só percebe no fim do filme. A estória (se é que posso dizer assim) se passa em 1942, quando um alemão sai do seu país fugido da guerra e passa a vender aspirinas pelo Brasil. No sertão ele contrata um guia, pretencioso e com o sonho de morar no Rio de Janeiro. É um filme bem rico. Pode-se discutir a questão do cotidiano, fotografia, trilha sonora (Francisco Alves, a grande sacada)...até o prêmio que conquistou em Cannes cabe uma análise dentro desse filme.



A.L.I., bons frutos...

quarta-feira, outubro 01, 2008

Em tempos de monografia...

...começa a quinta temporada do The Office. Não que Steve Carrell seja o mais engraçado, mas de tão sem graça, não é que fica bom?

Michael Scott é o cara!


Fui!

quinta-feira, setembro 25, 2008

Back 2 basics

Ando viajando legal na Bossa Nova de Baden, Vinícius, Lyra, Quarteto em Cy... mas hoje precisa de rap. Pra quem tá na mesma pegada, super indico o novo do People Under the Stairs...


Aumenta o som!

terça-feira, setembro 23, 2008

Paris, Tokyo... Campo Grande

Enquanto a droga do serviço que a Net chama de Internet não me possibilita ouvir o que seria Live at Renaissence do Q-tip, coloco aqui pra vocês o remix oficial de "Paris, Tokyo" com o cotonete já citado, Sara Green e Pharrell Williams. Só pra constar, a música original é do Lupe Fiasco e o Sample foi retirado de San Juan Sunset do Eumir Deodato.

domingo, setembro 21, 2008

Getting up!



Enquanto o novo do Q-tip não vem...

domingo, setembro 14, 2008

Um certo dia



Baden chegava a casa de Vinícius de madrugada para que ele musicasse a sua recém criada melodia. Ele mostrou sua composição e entre doses de wisky, um pouco de coca (talvez) e conversas viraram a noite, até o momento que Baden pediu para que trabalhassem na música. Vinícius olha pra ele, pede desculpa, mas precisa dizer algo bem chato. A melodia que o compadre apresentara era de Chopin. Baden insiste em dizer que não e Vinícius apresenta a solução. "Minha mulher entende tudo de Chopin". Baden tenta evitar que o amigo acorde a esposa, mesmo porque se ela visse o estado dos dois pela madrugada incomodando ela... mas Vinícius trouxe a mulher até a sala e fez Baden tocar. Após dar um esporro no marido ela diz que não tem porra nenhuma haver com Chopin e assim começaram a compor o Samba em prelúdio.

Um salve pro Buda que me instigou a ir atrás dessa história. 

sexta-feira, setembro 12, 2008

Mantendo a raiz


A conversa surgiu durante a discussão do filme "3 Estações" no Atelier de Leituras Imaginadas (ALI), quando o professor e organizador do evento sugeriu que começassemos a análise de trilhas de filmes brasileiros que tenham músicas dos anos 50 e 60. Lembrei de uma história que ouvi sobre um certo catálogo comercializado no exterior que descreve discos brasileiros, dando ao leitor dados como tiragem, quem trabalhou no álbum, gravadora... acabei explicando como funciona o diggin' e quanto custa algumas peças raras, citando o Brazilian Octopus onde o sorturdo que encontrar um exemplar desse tem que desembolsar em torno de R$ 800 para adquirir tal vínil. Voltando a atenção ao professor, ele questiona: "Um moleque que pega um álbum a esse preço e joga na internet, ele está pirateando ou fortalecendo a nossa cultura"? O que vocês acham? Ouvi nos últimos dias falarem muito de Arthur Verocai, e um tal álbum seu chamado "Na boca da lua". Achar foi bem difícil. Olhem onde achei e sintam o drama. Procurei ontem por um bom tempo até chegar aí...


Bom dia!

quinta-feira, setembro 11, 2008

+Simulacros

Os autores do melhor disco de rap 2007/08, agora também estão no blogspot.


Voltando a proposta inicial de monografia...

terça-feira, setembro 09, 2008

segunda-feira, setembro 08, 2008

Transição

Dj Primo


Rest in Beats...

domingo, setembro 07, 2008

Agora também estou lá


Valeu pelo convite Rafa! Logo mais chego com alguma coisa.

Por enquanto é só...

sábado, agosto 30, 2008

Aproveitando

Já que é sábado e amanhã eu tenho que fazer fichamento, preparar material pra estágio e ler algumas coisas... vamos curtir o inicio do fim.


Elo da Corrente é foda! Quem não tem uma cópia do "Após algumas estações" está a perigo. Tem também rap novo do Mos Def pra ouvir no rolê de logo mais.

Bon soir.

sexta-feira, agosto 29, 2008

quinta-feira, agosto 28, 2008

Voltei 2...

Então eu não consegui salvar o template do blog após experiências mal sucedidas, passei tudo pra outro endereço e vamos reiniciar.

Tem outro que diz que vai voltar de primeira classe e tudo mais...


Esse cd eu comprei por r$ 4,99 numa promoção dessas de super mercado. Eu sou curioso desse naipe e as vezes dá certo. A promoção era de cds da Paradoxx, mas entre padres de apresentadores da SBT lá estava o Large Pro. Quem trouxe o disco para o Brasil não foram eles, então fiz a moça do caixa conferir o preço mais uma vez. Comprei o Supreme Clientele do GhostFace no mesmo dia na mesma promoção.
O importante é escutar não é mesmo?  


Vortemo!

quarta-feira, agosto 27, 2008

Voltei...

E tem outro que promete voltar daqui a pouco...


Diz que vai trazer até candidato a presidente...